Geossítio Folhelhos Carbonosos da Formação Manacapuru
Título Representativo:
Classificação temática principal:
Sedimentologia
Classificação temática secundária:
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº :
Não
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque:
Sim (Cachoeiras do Amazonas - AM )
Localização
Latitude:
-2.112600088
Longitude:
-59.991798401
Datum:
WGS 84
Cota:
80 m
Estado:
AM
Município:
Presidente Figueiredo
Distrito:
Local:
Ponto de apoio mais próximo:
Cidade de Presidente Figueiredo, AM.
Ponto de referência rodoviária:
Centro de Atendimento ao Turista (CAT) de Presidente Figueiredo, na cidade junto à BR-174.
Acesso:
Partindo do CAT no centro de Presidente junto à BR-174, o acesso é realizado dirijindo-se ao Sul rumo a Manaus, por cerca de 10 km, até a ponte sobre o Rio Urubu onde está localizado, em um corte de estrada, o Geossítio Folhelhos Carbonosos da Formação Manacapuru.
Imagem de identificação
Resumo
Resumo
O afloramento ocorre em um corte de estrada junto à ponte da BR-174 sobre o rio Urubu, próximo a Presidente Figueiredo. O afloramento é formado por um barranco ou talude de corte com cerca de 40 metros de extensão que expõe parte de uma sequência, com cerca de 4 metros de espessura aflorante de rochas sedimentares siliciclásticas da Formação Manacapuru depositadas em ambiente marinho litorâneo a plataformal. Na base do afloramento ocorrem camadas de folhelhos negros e carbonosos contendo fósseis de braquiópodes, organismos marinhos bentônicos típicos do período Devoniano Inferior. Também é posível observar, entre as lâminas de folhelhos carbonosos, concentrações de pirita (sulfeto de ferro). Nas camadas intermediárias e superiores, as lâminas de folhelhos negros se intercalam com níveis ondulados de arenito fino a muito fino que, geralmente, são de espessura centimétricas (cerca de 5 cm). Nas camadas de topo, indícios de bioturbação como traços e tubos ou canais de vernes marinhos cruzando as lâminas do folhelho carbonoso e preenchidos por areia são mais frequentes. Também é possível observar um conjunto de fraturas verticais segundo as direções N-S e E-W que cruza espaçadamente as camadas horizontais da sequência sedimentar paleozoica.
Abstract
The outcrop occurs at a road intersection along the BR-174 bridge over the Urubu River, near Presidente Figueiredo. The outcrop is formed by a ravine or cut slope with about 40 meters of extension that exposes part of a sequence, with about 4 meters of thickness outcropping of sedimentary siliciclastic rocks of the Manacapuru Formation deposited in marine marine environment to silverformal. At the base of the outcrop occur layers of black and carbonaceous shales containing brachiopod fossils, typical benthic marine organisms of the Lower Devonian period. It is also possible to observe concentrations of pyrite (iron sulphide) among the carbonate shale blades. In the intermediate and upper layers, the black shale blades are interspersed with undulating levels of fine to very fine sandstone which are generally centimetric (about 5 cm) thick. In top layers, signs of bioturbation such as traces and tubes or channels of sea-grass crossing the slabs of carbonaceous shale and filled with sand are more frequent. It is also possible to observe a set of vertical fractures along the N-S and E-W directions that intersects the horizontal layers of the Paleozoic sedimentary sequence.
Autores e coautores
Geol. MSc. Renê Luzardo, CPRM - Serviço Geológico do Brasil
BACIAS SEDIMENTARES EMERSAS DO FANEROZÓICO - Amazonas
Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período):
Era Paleozoica, Período Devoniano.
Ambiente Dominante:
Sedimentar
Tipo de Unidade:
Unidade Litoestratigráfica
Nome:
Outros:
Rocha Predominante:
Folhelho carbonoso
Rocha Subordinada:
Arenito fino
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio.
:
Afloramento artificial em corte de estrada com cerca de 40 metros de extensão por aproximadamente 4 metros de altura ou de espessura aparente do pacote sedimentar.
Local: Planície deltaica do rio São Francisco. Mun. de Pacatuba (SE)
Foto: Marcelo Eduardo Dantas
FR2b - Planície Lagunares:
Superfícies planas constituídas de depósitos argilosos, bem selecionados, muito enriquecidos com matéria orgânica, resultantes do processo de colmatação de paleo-lagunas. Consistem de terrenos muito mal drenados com lençol freático sub-aflorante e aflorante. Descritos como turfas, ocupam depressões embrejadas, longitudinais à linha de costa, em posição de retaguarda a um terraço marinho.
FR2e - Terraços Marinhos
Local: Terraço Marinho Pleistocênico. Localidade de Guarajuva. Mun. de Criciúma (SC).
Foto: Marcelo Eduardo Dantas
FR2e - Terraços Marinhos:
Superfícies de relevo plano a levemente ondulado, bem drenadas e constituído de depósitos arenosos quartzosos, bem selecionados. Consistem de antigos cordões arenosos depositados por ação marinha, posicionados em cotas ligeiramente mais elevadas que as planícies marinhas e, em geral, apresentam idade pleistocênica.
FR7a - Rebordos erosivos
Local: Vale encaixado do rio São Bartolomeu, cercanias de Brasília (DF)
Foto: Marcelo Eduardo Dantas
FR7a - Rebordos erosivos:
Sinônimo de quebra de relevo. Consiste em pequeno e curto escarpamento, com desnivelamentos sempre inferiores a 100 metros, separando duas superfícies. Frequentemente, cornijas de carapaças ferruginosas (crostas lateríticas) podem produzir rebordos erosivos e sustentar topos planos de platôs lateríticos.
FR10a - Tabuleiros
Local: Proximidade da localidade de Caraíva, município de Porto Seguro (BA)
Foto: Marcelo Eduardo Dantas
FR10a - Tabuleiros:
Forma topográfica do terreno de topo plano e altitude modesta, terminando geralmente de forma abrupta em bordas íngremes dos vales encaixados ou em falésias, no litoral; podem ser denominados também de baixos platôs.
FR13a - Cangas e crostas lateríticas
Local: Serra do Rola-Moça, município de Belo Horizonte (MG).
Foto: Marcelo Eduardo Dantas
FR13a - Cangas e crostas lateríticas:
Também denominadas de couraças ou carapaças ferruginosas ou coberturas detrítico-lateríticas. Consistem de horizontes de nódulos endurecidos pela precipitação e concentração de nódulos de sesquióxidos de ferro e alumínio devido à oscilação do nível freático. Podem ter origem autóctone ou alóctone. As concreções ferruginosas autóctones têm sua gênese relacionada a uma longa evolução de processos de natureza geoquímica e pedogenética. As concreções ferruginosas alóctones, por sua vez, resultam do retrabalhamento de antigas couraças lateríticas e posterior recimentação em cotas mais baixas. Quando estas formações superficiais diagenéticas abrangem grande parte do perfil intempérico, são denominadas de cangas. Em geral, apresentam correspondência morfológica com os terrenos planos dos baixos platôs ou das chapadas elevadas, sendo que as crostas ferruginosas atuam como uma cobertura resistente à dissecação fluvial.
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem
Peso
Resposta
Valor
A1 - Representatividade
30
O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável)
4
A2 - Local-tipo
20
O local ou elemento de interesse é reconhecido, na área de trabalho, como um dos locais-tipo secundário, sendo a fonte de um ou mais parastratótipo, unidades litodêmicas, parátipo ou sintipo
1
A3 - Reconhecimento científico
5
Existem resumos apresentados sobre o local de interesse em anais de eventos científicos, ou em relatórios inéditos, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável)
1
A4 - Integridade
15
O local de interesse não está muito bem preservado, mas os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) ainda estão preservados
2
A5 - Diversidade geológica
5
Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica
2
A6 - Raridade
15
Existem, na área de estudo, 2-3 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável)
2
A7 - Limitações ao uso
10
Não existem limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) para realizar amostragem ou trabalho de campo
4
Valor Científico
255
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem
Peso
Resposta
Valor
B1 - Deterioração de elementos geológicos
35
Possibilidade de deterioração de todos os elementos geológicos
4
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação
20
Local de interesse situado a menos de 100 m de área/atividade com potencial para causar degradação
4
B3 - Proteção legal
20
Local de interesse situado numa área sem proteção legal nem controle de acesso
4
B4 - Acessibilidade
15
Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos
4
Risco de Degradação
360
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem
P.E
P.T
Resposta
Valor
C1 - Vulnerabilidade
10
10
Possibilidade de deterioração de todos os elementos geológicos por atividade antrópica
1
C2 - Acesso rodoviário
10
10
Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos
4
C3 - Caracterização do acesso ao sítio
5
5
O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas
4
C4 - Segurança
10
10
Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro
2
C5 - Logística
5
5
Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse
4
C6 - Densidade populacional
5
5
Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2
1
C7 - Associação com outros valores
5
5
Existe um valor ecológico e um cultural a menos de 20 km do local de interesse
2
C8 - Beleza cênica
5
15
Local de interesse ocasionalmente usado em campanhas turísticas locais, mostrando aspectos geológicos
1
C9 - Singularidade
5
10
Ocorrência de aspectos comum nas várias regiões do país
1
C10 - Condições de observação
10
5
A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições
4
C11 - Potencial didático
20
0
Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino
4
C12 - Diversidade geológica
10
0
Ocorrem 2 tipos de elementos da geodiversidade
2
C13 - Potencial para divulgação
0
10
O público necessita de algum conhecimento geológico para entender os elementos geológicos que ocorrem no sítio
3
C14 - Nível econômico
0
5
Local de interesse localizado num município com IDH superior ao que se verifica no estado
3
C15 - Proximidade a zonas recreativas
0
5
Local de interesse localizado a menos de 10 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas
3
Valor Educativo
275
Valor Turístico
230
Classificação do sítio
Relevância:
Geossítio de relevância Nacional
Valor Científico:
255
Valor Educativo:
275 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
230 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
360 (Risco Alto)
Recomendação
Urgência à Proteção global:
Necessário a curto prazo
Urgência à Proteção devido a atividades didáticas:
Necessário a curto prazo
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas:
Necessário a curto prazo
Urgência à Proteção devido a atividades científicas:
Necessário a curto prazo
Unidade de Conservação Recomendado:
Não se aplica -
Justificativa:
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido