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Ilha da Trindade
Vitória -
ES , Lat.:
-20.502740860 Long.:
-29.330024719
Última alteração: 26/11/2022 14:05:43
Última alteração: 26/11/2022 14:05:43
Status: Consistido
Geossitio de Relevância Internacional
Valor Científico:
360
Valor Educativo:
200 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
130 (Relevância Regional/Local)
Risco de Degradação:
95 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Ilha da Trindade |
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Título Representativo: | |
Classificação temática principal: | Vulcanismo |
Classificação temática secundária: | Tectônica |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº com o Nº: | 92 |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Não |
Localização
Latitude: | -20.502740860 |
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Longitude: | -29.330024719 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | m |
Estado: | ES |
Município: | Vitória |
Distrito: | |
Local: | |
Ponto de apoio mais próximo: | Vitória |
Ponto de referência rodoviária: | Vitória |
Acesso: | A ilha, distando 1.140 km da costa, situa-se a 20º 30’S e 29º 18’WG, aproximadamente no paralelo de Vitória, Espírito Santo. Seu isolamento na superfície oceânica não deixa entrever que faça parte de uma grande cadeia vulcânica submarina orientada a leste-oeste no chamado lineamento Vitória-Trindade. Nele a ilha constitui um vulcão apoiado no assoalho oceânico a quase 5.500 m de profundidade. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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A Ilha da Trindade situa-se no Oceano Atlântico Sul aproximadamente no paralelo de Vitória, Espírito Santo, afastada 1.140 km da costa. É o cimo erodido de uma grande montanha vulcânica que faz parte de um lineamento de montes vulcânicos submarinos. Repousa sobre o assoalho oceânico a quase 5.500 m de profundidade. Seu relevo é extremamente acidentado, pois que sendo de cerca de 13,5 km² a área da ilha, nela existem três picos com altitude próxima de 600 m. Suas rochas são lavas e intrusões fortemente sódico-alcalinas e subsaturadas em sílica, e piroclastos diversos. Recifes de algas, estreitas praias e dunas muito locais, reduzidos depósitos fluviais à beira-mar e diversos cones e aventais de talude são o que existe nessa ilha quase inteiramente constituída de rochas vulcânicas e subvulcânicas formadas no Plio-Pleistoceno. É o único local em território brasileiro em que ainda se pode reconhecer parte de um cone vulcânico. A ilha não tem povoamento permanente, mas tem sido periodicamente ocupada por guarnições militares e visitada por pesquisadores. No decorrer dos cinco séculos desde que foi descoberta permaneceu desabitada por longos períodos, o que deu ensejo a invasões estrangeiras. Por sua distância da costa, dificuldade de desembarque e acesso exclusivamente por mar, Trindade não oferece condições para o turismo, mas é um excepcional local para investigações científicas. |
Abstract |
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Trindade Island is located in the South Atlantic Ocean approximately parallel to Vitoria, Espírito Santo, 1,140 km off the coast It rests on the ocean floor floor at a depth of almost 5,500 m. Its relief is extremely rugged, since the island's area is about 13.5 km² and it has three peaks with altitudes close to 600 m. Its rocks are lavas and intrusions strongly sodic-alkaline and subsaturated in silica, and various pyroclasts. Kelp reefs, narrow beaches and very local dunes, reduced fluvial deposits by the sea and several cones and slope aprons are what exist on this island almost entirely composed of volcanic and subvolcanic rocks formed between the end of the Plio-Pleistocene. It is the only place in Brazilian territory where part of a volcanic cone can still be recognised. The island has no permanent settlement, but has been periodically occupied by military garrisons and visited by researchers. During the five centuries since its discovery, it has remained uninhabited for long periods, which gave rise to foreign invasions. Due to its distance from the coast, difficulty landing and access only by sea, Trindade does not offer conditions for tourism, but it is an exceptional place for scientific research. |
Autores e coautores |
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Fernando Flávio Marques de Almeida - Departamento de Minas, Escola Politécnica da USP - "In Memoriam" |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Plioceno |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | |
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Nome: | Complexo Trindade, Fm. Morro Vermelho, Fm. Valado e Seq. Desejado |
Outros: | |
Rocha Predominante: | Fonolito |
Rocha Subordinada: | |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
Na Ilha da Trindade foram definidos cinco episódios vulcânicos, sendo os quatro mais novos claramente discerníveis, porém o mais antigo é um complexo, ao qual denominamos Complexo de Trindade. O Complexo de Trindade (3,8 - 2,5Ma) é constituído de rochas piroclásticas e intrusivas que se expõem nas vertentes da maior parte da ilha, representando a mais antiga manifestação vulcânica visível acima do nível do mar. As rochas mais antigas do complexo acham-se visíveis nas partes baixas da encosta da enseada da Cachoeira. São tufos lapilíticos com blocos de rocha tannbuschítica (uma variedade de olivina nefelinito constituída largamente de cristais de piroxênio com pequena quantidade de nefelina e olivina). A maior parte do complexo é formada por piroclastos variados associados ao vulcanismo fonolítico, em camadas inclinadas de até 30º. Na região ocidental da ilha alcança espessura próxima de 400m. Recortam os piroclastos numerosos diques, sobretudo de nefelinito e fonólito, mas também de olivina analcitito, analcita basanito, gauteíto e outros. Diques de fonólitos da região sudoeste da ilha atingem cerca de 50m de espessura. Sobressaem no complexo 16 grandes corpos fonolíticos de contornos subcirculares a elipticos representando domos endógenos, plugs e necks com até 400 m de diâmetro no morro do Pico Branco. O complexo é muito recortado por diáclases, destacando se as orientadas entre NW e NNW nas encostas norte da ilha, e NNE nas encosta meridionais. Elas, em grande parte, determinam a orientação dos diques. Os pináculos fonolíticos de Trindade aparentam mais de uma origem. Uns correspondem a intrusões monolíticas cilíndricas de lava viscosa (plug domes), e o Monumento é um deles. Outros são corpos tolóides (Staukuppen) crescidos nos orifícios afunilados dos cones vulcânicos. Tais seriam os dos morros Vigia e Desconhecido. A Sequência Desejado (2,8 - 1,5Ma) constitui-se de derrames de fonólito, nefelinito e grazinito (uma variedade de nefelinito fonolítico contendo analcima, porém não olivina) com intercalacões de piroclastos de composição equivalente, alguns deles de nítida deposição subaquosa mas não marinha. Chega a alcançar cerca de 400 m de espessura na seção entre a praia dos Portugueses e o Pico do Desejado. Sua base encontra-se aproximadamente a 360m de altitude, correspondendo claramente a uma superfície de erosão que trunca o Complexo de Trindade. Sua expressão topográfica corresponde a um planalto estrutural de relevo irregular, o platô axial, do qual se erguem os picos culminantes da ilha, entre eles o mais alto, Desejado, que é um Staukuppe com base exposta e espessura máxima visível aproximada de 160m. A sequência representa uma atividade vulcânica mista, com a extrusão explosiva de lavas fonolíticas mais viscosas entremeadas com a efusão de derrames mais fluidos de grazinito e nefelinito. Formação Valado (1,20 - 1,11Ma) é formada por depósitos do grande cone aluvial do córrego do Valado existente entre as praias dos Cabritos e dos Portugueses no litoral norte da ilha intercalam piroclastos e derrames de lava tannbuschítica provenientes de um centro emissivo situado vale acima. Nele ocorrem piroclastos constituídos de corpos discóides lembrando emplastos, filamentos de lava, bombas rotacionais e massas de lava caídas ao solo em estado ainda pastoso, formando aglutinado (Schlackenagglomerate), único visto na ilha. A erupção aparentemente se processou a partir de uma fenda situada a meia encosta, paralela à costa atual, em sítio onde existem diversos diques de tannbuschito de estrutura escoriácea. Os cones de talude às faldas de dois morros fonolíticos encobrem o possível foco. O cone aluvial do Valado já então se achava em formação, atestando a pouca idade do vulcanismo, que por muito novo não pôde ser datado. Outras acumulações detríticas em cones e aventais de talude e cones aluviais também incluem camada única de tufos lapilíticos e cineritos certamente posteriores ao vulcanismo Morro Vermelho, como bem se observa no cone do córrego Vermelho. Consideramo-los relacionados ao vulcanismo Valado. Junto ao referido cone, já então sendo erodido à beira-mar, verificamos que os tufos horizontais do Valado foram cobertos em discordância angular pelos tufos inclinados do vulcão do Paredão. Parece-nos inquestionável ser pós-glacial o vulcanismo Valado, tendo em vista a geomorfologia da ilha. A Formação Morro Vermelho (0,27 - 0,17Ma) resulta de uma erupção explosiva com derrames de lava ankaratrítica, uma variedade melanocrática de olivina nefelinito contendo biotita. O vulcanismo manifestou-se no alto vale da região central da ilha, que foi preenchido por espessura superior a 200m de lavas e piroclastos. As lavas escoaram para a plataforma insular do lado norte da ilha e sustentam um baixo planalto inclinado para o litoral. Os piroclastos, de estrutura muito variada, resultaram da emissão do piromagma muito fluido, sibretudo por processo de fire fountaining. As lavas constituem derrames sucessivos de analcita ankaratrito, sendo vesiculadas e escoriáceas no topo e às vezes na base. Eram sobretudo do tipo block lava, sua espessura individual variando de menos de 0,5m a 40m ou 50m, como vistas no canyon do córrego Vermelho. Ali a espessura total da formação ultrapassa 230m, sendo a maior parte constituída de derrames. O centro de emissão dos produtos vulcânicos localizou-se nas proximidades do Morro Vermelho onde há diques de ankaratrito, tendo o vulcanismo se realizado quando o nível do mar se achava mais baixo que o atual, expondo a plataforma. A Formação Paredão (0,23Ma), situado na extremidade oriental da ilha, representa as ruínas de um cone vulcânico que vem sendo destruído pelo mar mas em que ainda se percebem claros restos da superfície das vertentes originais assim como da borda de sua cratera. Era um cone formado por piroclastos com poucas intercalações de lava ankaratrítica. Próximo à entrada do túnel aberto no morro pelo mar existem restos de lava que parecem preenchimento da chaminé. O maior volume do morro é formado por tufos lapilíticos contendo blocos, bombas rotacionais e driblets. Formam camadas inclinadas para a periferia no flanco do morro, e para o interior da cratera, onde subsistem localmente. Cristais de olivina, piroxênio e biotita isolados da matriz são abundantes nos piroclastos expostos no túnel e como componentes da areia de praia junto a ele. Obs.: Texto compilado de Almeida (2002) e idades de Monteiro et al. (2022). |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Vulcânica - Derrame |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: |
Facie Metamorfismo: |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: |
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Regime Tectônico: |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR4a - Falésias ativas | |
FR4c - Plataformas de abrasão | |
FR5c - Vales encaixados | |
FR7c - Escarpas | |
FR7c1 - Escarpas erosivas | |
FR9a - Domos em estrutura elevada | |
FR9b - Domos erodidos com feições anelares | |
FR9c - Planaltos em derrames vulcânicos | |
FR9d - Necks vulcânicos |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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A ilha da Trindade oferece grande interesse para as pesquisas sobre a origem e diferenciação dos magmas que irrompem da crosta oceânica. Distante como se acha do continente, destituída de facilidades turísticas e só acessível por mar a ilha ainda tem preservados muitos de seus aspectos primitivos dignos de investigações ecológicas. Seu isolamento na superfície oceânica não deixa entrever que faça parte de uma grande cadeia vulcânica submarina orientada a leste-oeste no chamado lineamento Vitória-Trindade. Nele a ilha constitui um vulcão apoiado no assoalho oceânico a quase 5.500 m de profundidade. Outros edifícios vulcânicos desse lineamento situados entre Trindade-Martim Vaz e a costa foram inteiramente arrasados pelo mar, nivelados a menos de 100 m de profundidade, constituindo hoje guyots, usualmente chamados bancos, mas as ilhas, talvez por terem sua atividade vulcânica persistido por mais tempo, ainda se elevam acima da superfície oceânica. HISTÓRICO Atribui-se o descobrimento da ilha a João da Nova, navegante espanhol a serviço de Portugal, que partiu de Lisboa em 1501. Deu-lhe o nome de Assunção, substituído no ano seguinte para Trindade, por Estevão da Gama, quando a visitou. Em 1700 Edmond Halley, o célebre astrônomo inglês, julgando haver descoberto uma nova ilha, dela se apossou em nome da Inglaterra. Nela estiveram os portugueses em 1756, voltando a ocupá-la militarmente os ingleses em 1781, para logo em seguida abandoná-la. Retornaram os portugueses, agora para fortificá-la e colonizarem na com açoreanos, no que não tiveram sucesso. Durante as duas guerras mundiais do século, Trindade teve guarnições militares, e em 1924 foi presídio político. Em 1957 a Marinha brasileira estabeleceu o Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade (POIT) e desde então mantém guarnições que se alternam, fazendo observações meteorológicas e procurando reflorestála. A partir do século XVIII a ilha foi visitada por exploradores e cientistas participantes das expedições de J. Cook em 1775, J. C. Ross em 1839, do navio Challenger em 1876 e La Pérouse em 1887. A contribuição para as geociências, entretanto, foi muito reduzida. Milet-Mureau (1797), da expedição de La Pérouse nela reconheceu a presença de basaltos, e Prior (1900), Examinando o material coletado pela expedição de Ross, destacou a natureza vulcânica da ilha e sua semelhança com Fernando de Noronha. Da expedição liderada por João Alberto Lins de Barros, em 1950, participaram diversos cientistas, entre eles os geólogos J. R. de Andrade Ramos (l950) e Veltheim (1950), tendo este publicado o primeiro esboço geológico da ilha. L. de C. Soares em 1964 publicou uma síntese dos conhecimentos relativos à geologia e geografia da ilha. O presente autor nela permaneceu dois meses em 1958, quando executou seu mapeamento geológico em escala 1:10.000 e em 1961 publicou os resultados dos estudos petrográficos e geoquímicos. U. G. Cordani (1970) divulgou o resultado de 36 datações pelo método K-Ar de rochas que coletou. Em 1990 B. L. Weaver realizou um estudo geoquímico de rochas das coleções do Museu Britânico. |
Bibliografia |
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Alberoni, A.A.G.; Jeck, I.K. Brazilian Continental Margin morphology: ridges, rises and seamounts. Chapter 3. In: Santos & Hackspacher 2022. Meso-Cenozoic Brazilian Offshore Magmatism: Geochemistry, Petrology and Tectonics, p. 95-120. Monteiro, L.G.P.; Santos, A.C.; Piris, G.L.C.; rocha-Junior, E.R.V.; Barão, L.M.; Biancini, J.R.C.; Hackspacher, P.C.; Araújo Jr., H.I.; Jeck, I.K.; Santos, J.F. 2022. Trindad Island,: evolution of the geological knowledge. In: Santos & Hackspacher 2022. Meso-Cenozoic Brazilian Offshore Magmatism: Geochemistry, Petrology and Tectonics, p. 337-390. Almeida, F.F.M. 1961. Geologia e Petrografia da Ilha da Trindade. Monografia XVIII, Divisão de Geologia e Mineralogia. Departamento Nacional de Produção Mineral. Rio de Janeiro, 197p. Almeida, F. F. M. Ilha de Trindade – Registro de vulcanismo cenozoico no Atlântico Sul. In: SCHOBBENHAUS, C.; CAMPOS, D. A.; QUEIROZ, E. T.; WINGE, M.; BERBET-BORN, M. L. C. Sítios geológicos e paleontológicos do Brasil. 1a ed.: Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos, Brasília, DF, p.369-377, 2002. Almeida, F.F.M. 2006. Ilhas oceânicas brasileiras e suas relações com a tectônica atlântica. Terræ Didatica, 2(1):3-18. Castro, J. 2010. Ilhas oceânicas da Trindade e Fernando de Noronha, Brasil: Uma visão da Geologia Ambiental. Revista de Gestão Costeira Integrada. 10. 303-319. doi:10.5894/rgci170 Calliari, L.J.; Pereira, P.S.; Short, A.D.; Sobral, F.C.; Machado, A.A.; Pinheiro, Y.G., Fitzpatrick, C.2016. Sandy beaches of Brazilian oceanic islands. In: Short A.D., Klein A.H.F. Brazilian beach systems. Springer. Boca Raton. 611p. doi:10.1007/978-3-319-30394-9_19 Freitas, D.C.; Oliveira, F.S.; Souza, C.D.; Gonçalves, C.E.; Schaefer, R.; Siqueira, R.G.; Igor Alex Santos Soares, I.A.S. 2022. As geoformas e a estrutura vertical das paisagens da Ilha da Trindade, Atlântico Sul. Revista Brasileira de Geomorfologia, 23(3): 1611-1633. Marques, C.P.M.; Magalhães Junior, A.P.; Oliveira, F.S. 2019. Hidrogeomorfologia da Ilha da Trindade: única rede hidrográfica permanente nas ilhas oceânicas brasileiras. Revista Brasileira de Geomorfologia. 20(2): 317-338. Pires, G.L.C.; Mansur, K.L.; Bongiolo, M.E. 2013. Geoconservação da Ilha da Trindade: Principais Aspectos e Potencial de Uso. Anuário do Instituto de Geociências 36: 96-104. http://dx.doi.org/10.11137/2013_2_96_104 Pires, G.L.C.; Bongiolo, E.M. 2016. The nephelinitic–phonolitic volcanism of the Trindade Island (South Atlantic Ocean): Review of the stratigraphy, and inferences on the volcanic styles and sources of nephelinites. Journal of South American Earth Sciences, (72) 49:62. https://doi.org/10.1016/j.jsames.2016.07.008 Schaefer, C.E.G.R.; Oliveira, F.S. 2015. Brazil in the South Atlantic: The Fernando de Noronha and Trindade Archipelagos. In: Vieira, B. C.; Salgado, A.; Santos, L. (org.) Landscapes and Landforms of Brazil. 1ed. Netherlands: Springer, p. 65-78. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Apesar de seus magníficos atrativos naturais a ilha não comporta ecoturismo por ser muito distante da costa, só acessível por mar, de desembarque difícil e perigoso e destituída de alojamentos adequados. De tal modo Trindade acha-se protegida da ação geralmente predatória causada pelo turismo. No entanto, embora tenha sido só raramente ocupada, seu equilíbrio ecológico já foi severamente perturbado. Em 1700, por ocasião da visita do astrônomo Halley, foram deixados suínos na ilha. Com a tentativa fracassada de colonização pelos portugueses por volta de 1782 foram nelas introduzidos cabras e carneiros Outros animais foram para ela levados pelas guarnições militares, sobretudo durante a Primeira Grande Guerra. Sem inimigos naturais esses animais, tornados selvagens, muito proliferaram, causando severa destruição da cobertura vegetal, com o conseqüente desenvolvimento de solos pedregosos, como no planalto ankaratrítico. |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Elevada |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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A ilha fica muito distante do continente, cerca de 1200km de Vitória, o que torna o acesso muito difícil. Os trabalhos de campo realizados por pesquisadores podem ser realizados através do Programa PROTRINDADE, sendo toda organização logística da Marinha do Brasil. |
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido como holostratótipo ou unidade litodêmica nos léxicos estratigráficos do Brasil e da Amazônia Legal ou documentos similares, ou é a fonte de um holótipo, neótipo ou lectótipo registrado em publicações científicas, de acordo com o código (ICZN, ICBN ou ICN) vigente na época da descrição e cadastrado na Base de Dados Paleo da CPRM ou bases similares ou é um sítio de referência da IMA; | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | A realização de amostragem ou de trabalho de campo é muito difícil de ser conseguida devido à existência de limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) | 1 |
Valor Científico | 360 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Existem reduzidas possibilidades de deterioração dos elementos geológicos secundários | 1 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal, mas com controle de acesso | 3 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Não se aplica. | 0 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Não se aplica. | 0 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Não se aplica. | 0 |
Risco de Degradação | 95 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração de elementos geológicos secundários por atividade antrópica | 3 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Não se aplica. | 0 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | Não se aplica. | 0 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Não se aplica. | 0 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Não se aplica. | 0 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Não se aplica. | 0 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Não se aplica. | 0 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Não se aplica. | 0 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Não se aplica. | 0 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 200 | |||
Valor Turístico | 130 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Internacional |
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Valor Científico: | 360 |
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Valor Educativo: | 200 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 130 (Relevância Regional/Local) |
Risco de Degradação: | 95 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a médio prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -20.467867574723673 e Longitude: -29.355468750000004 |
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Ponto 2: | Latitude: -20.467867574723673 e Longitude: -29.267578125000004 |
Ponto 3: | Latitude: -20.550508894195637 e Longitude: -29.267578125000004 |
Ponto 4: | Latitude: -20.550187419098965 e Longitude: -29.356155395507816 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
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Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
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Email: | [email protected] |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |