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Gruta do Castelo
Mucugê -
BA , Lat.:
-12.772120476 Long.:
-41.448848724
Última alteração: 14/03/2023 22:23:21
Última alteração: 14/03/2023 22:23:21
Status: Em análise
Geossitio de Relevância Nacional
Valor Científico:
255
Valor Educativo:
225 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
235 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
270 (Risco Médio)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Gruta do Castelo |
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Título Representativo: | Registro de processos cársticos na denudação do Vale do Pati |
Classificação temática principal: | Espeleologia |
Classificação temática secundária: | Geomorfologia |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Serra do Sincorá - BA) |
Localização
Latitude: | -12.772120476 |
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Longitude: | -41.448848724 |
Datum: | WGS 84 |
Cota: | 1282 m |
Estado: | BA |
Município: | Mucugê |
Distrito: | Guiné |
Local: | Vale do Pati |
Ponto de apoio mais próximo: | Guiné, Mucugê (BA) |
Ponto de referência rodoviária: | Lençóis (BA) |
Acesso: | A Gruta do Castelo fica situada dentro do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Seu acesso pode ser feito de carro e/ou trilhas, acompanhado da presença de um guia de turismo credenciado. Partindo do município de Lençóis, na Chapada Diamantina, percorre-se, com veículo, a estrada BA-144/BA-850, por cerca de 12 km, em direção ao trevo de acesso ao município. Dali, toma-se a rodovia BR-242, em direção ao município de Palmeiras. Percorre-se, por cerca de 33 km, em estrada asfaltada, até a altura do km 251, onde se toma a BA-849, por cerca 9 km, até Palmeiras. A partir daí, percorre-se um trecho em estrada vicinal, na direção sul, de aproximadamente 30 km, até o distrito de Guiné (Mucugê). Então, anda-se por mais cerca de 3 km, até a entrada do PARNA Chapada Diamantina, onde há um pequeno estacionamento. Desse ponto, inicia-se a trilha de acesso ao Vale do Pati, pela qual se percorrem cerca de 11 km, até as casas de moradores locais, que são oferecidas como hospedagem aos visitantes. A partir daí, são cerca de 4 km de trilha, com subida bastante íngreme, até a entrada da Gruta do Castelo. Cabe ressaltar que este sítio também pode ser acessado integralmente através de trilhas de longa distância, pelo Vale do Capão (Palmeiras), por Mucugê ou pelo município de Andaraí. Estas trilhas estão situadas dentro do PARNA Chapada Diamantina, e só devem ser percorridas por pessoas experientes em trekkings de longa distância, junto à presença de guias especializados. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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O Vale do Pati, na Chapada Diamantina, é um dos principais destinos de trekking do Brasil, atraindo visitantes do país e do mundo todo. A região também é um laboratório a céu aberto para geocientistas, pela riqueza e diversidade de rochas e relevos. A Gruta do Castelo, com cerca de 380 m de desenvolvimento horizontal e 35 m de desnível, recebe este nome pois está inserida no Morro do Castelo. Esta nomenclatura fora introduzida por visitantes e guias, uma vez que o relevo ruiniforme, profundamente fraturado, dá um aspecto de torres de castelo ao topo do morro. No entanto, a nomenclatura tradicional, adotada pelos moradores locais, é Gruta da Lapinha, que atribui o nome também ao Morro da Lapinha. Encontra-se registrada no Cadastro Nacional de Cavernas (CNC) com o número BA-523 e no Cadastro Nacional Informações Espeleológicas (CANIE) sob o registro 015644.00664.29.21906.Esta caverna é um importante exemplar de cavidade em rochas siliciclásticas, sendo um registro da atuação de processos cársticos no esvaziamento do Vale do Pati, ao longo do eixo da Anticlinal do Pai Inácio (vale anticlinal). Estão presentes feições relevantes, como espeleotemas, formas de dissolução e iniciação de condutos, bem como pontes de pedra, reliquiares da evolução da caverna. O sítio apresenta alto potencial educativo, uma vez que já é um atrativo turístico consolidado no Vale do Pati. Por outro lado, a visitação intensiva pode trazer riscos à integridade da caverna, que tem feições frágeis e pontos de risco geotécnico, que precisam ser avaliados no Plano de Manejo Espeleológico. |
Abstract |
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Vale do Pati, in Chapada Diamantina, is one of the main trekking destinations in Brazil, attracting visitors from the country and around the world. The region is also an open-air laboratory for geoscientists, due to the richness and diversity of rocks and reliefs. Gruta do Castelo, with about 380 m of horizontal development and 35 m of difference in level, receives this name because it is inserted in Morro do Castelo. This nomenclature was introduced by visitors and guides, since the ruin-like relief, deeply fractured, gives an aspect of castle towers to the top of the hill. However, the traditional nomenclature, adopted by local residents, is Gruta da Lapinha, which also gives the name to Morro da Lapinha. It is registered in the National Register of Caves (CNC) under number BA-523 and in the National Register of Speleological Information (CANIE) under registration 015644.00664.29.21906.This cave is an important example of a cavity in siliciclastic rocks, being a record of the action of karst processes in the hollowing out of the Pati Valley, along the axis of the Pai Inácio Anticline (anticline valley). Relevant features are present, such as speleothems, forms of dissolution and initiation of conduits, as well as stone bridges, relics of the evolution of the cave. The site has a high educational potential, since it is already a consolidated tourist attraction in the Pati Valley. On the other hand, intensive visitation can bring risks to the integrity of the cave, which has fragile features and geotechnical risk points, which need to be evaluated in the Speleological Management Plan. |
Autores e coautores |
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Raphael Parra¹ Nuno Manuel Martinho Vieira¹ Ricardo Galeno Fraga de Araujo Pereira¹² Rodrigo Valle Cezar² Ramon Borges¹ Leo Linke Ferreira¹ 1. Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Salvador 2. Associação Geoparque Serra do Sincorá (AGS) |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Mesoproterozoico |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Formação Tombador (Grupo Chapada Diamantina) |
Outros: | |
Rocha Predominante: | Metarenito |
Rocha Subordinada: | |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
A Gruta do Castelo está inserida praticamente no topo do Morro do Castelo, que, juntamente com o Morro Branco, caracteriza uma feição-testemunho, remanescente do processo de esvaziamento da estrutura anticlinal do Pai Inácio, que formou o Vale do Pati. Estes morros apresentam, de modo geral, topo tabular e são limitados por escarpas abruptas. A área de abrangência da gruta é marcada por relevo ruiniforme, com fendas profundas e vales encaixados, resultantes da erosão superficial e subterrânea, condicionadas por planos de fratura de direção preferencial NW-SE e NNE-SSW. O truncamento destes planos seccionam o terreno em blocos de formato cúbico a romboédrico. Este fenômeno dá a aparência, ao topo do morro, de uma série de torres de castelo, fato que lhe atribui o nome de Morro do Castelo. A gruta, possui cerca de 380 m de desenvolvimento horizontal e 35 m de desnível. Situa-se a uma altitude aproximada de 1320 m e apresenta um gradiente de mais de 350 m até o Rio dos Funis, nível de base da vertente em que está inserida. Seu desenvolvimento se dá nos metarenitos da Formação Tombador, Grupo Chapada Diamantina, de idade mesoproterozoica. Já na entrada principal da gruta, que está localizada na cornija da escarpa norte do morro, afloram dois pacotes de rocha distintos. Na base, ocorrem metarenitos de coloração arroxeada, com estratificações planares de pequeno a médio porte e granulação fina. Já o estrato superior, é marcado por coloração rosada e amarelada, com estratificações cruzadas acanaladas de médio a grande porte e granulação média. O contato entre o pacote inferior e superior é marcado por uma superfície abrupta, aparentemente erosiva, e delimita o nível do teto da caverna. Este nível se prolonga por quase todo o desenvolvimento da caverna, o que sugere um controle litoestratigráfico na evolução da cavidade. A Gruta do Castelo exibe, em planta, um padrão morfológico que varia entre anastomosado e ramiforme, com leve orientação nas direções NW-SE e E-W, direções que coincidem com famílias de fraturas subverticais identificadas na cavidade. Em perfil, seus condutos exibem geometria próxima a retangular, com paredes retas e teto plano, marcado pelo acamamento sedimentar. Em termos de depósitos químicos secundários, este sítio apresenta uma ampla variedade de feições. São observados espeleotemas do tipo estalactites, estalagmites, coralóides, couve-flor, pingentes, crostas e concreções, além de microtravertinos. Também podem ser observadas uma série de formas relacionadas aos processos genéticos e de evolução do sistema cársico siliciclástico, tais como tafoni, alvéolos e condutos de iniciação. Estas feições estão, geralmente, associadas a estruturas planares do acamamento sedimentar ou de fraturas subverticais, indicando sua importância nos processos de evolução da gruta. Outra feição relevante é a Ponte de Pedra, situada na saída da gruta, geoforma reliquiar dos processos de abatimento da cavidade. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Atuais/Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Não se aplica. |
Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Outros (Prehnita-Pumpelita) |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Dúctil / Rúptil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR1c - Rampas de colúvio | |
FR1e - Rampas de Tálus (cones de dejeção) | |
FR5b - Canyons | |
FR5c - Vales encaixados | |
FR6a - Superfícies de aplainamento | |
FR7a - Rebordos erosivos | |
FR7c - Escarpas | |
FR7c1 - Escarpas erosivas | |
FR8f - Vales anticlinais | |
FR8h - Captura de Drenagem | |
FR10b - Chapadas | |
FR10c - Mesas, mesetas e morros-testemunho | |
FR10d - Cornija | |
FR11b - Morro | |
FR12e - Caverna | |
FR12f - Surgência e ressurgência | |
FR12j - Torres, humes e verrugas | |
FR12b - Sumidouro |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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A Gruta do Castelo está situada no Morro do Castelo, no flanco leste da estrutura anticlinal do Pai Inácio, uma dobra ampla e aberta. Este morro, juntamente com o Morro Branco, são considerados uma feição-testemunho, remanescentes do esvaziamento da antiforme, cuja evolução resultou na abertura do Vale do Pati, como o conhecemos hoje (um "vale anticlinal). A presença da gruta, neste contexto, indica que esse esvaziamento se deu não apenas através de processos erosivos de superfície, mas também pelo estabelecimento de condutos e galerias subterrâneas. Sendo assim, é um registro da influência de sistemas cársticos na evolução de relevo desenvolvido em rochas siliciclásticas. Estes fatores atribuem, à caverna, uma relevância científica ímpar, sobretudo nos campos da geomorfologia e tectônica. Em termos de publicações e trabalhos acadêmicos/científicos, existe um trabalho de monografia, desenvolvido por Souza (2019), que trata especificamente da gruta e seus aspectos geoespeleológicos, com análises petrográficas e estruturais, bem como um mapeamento geológico do Vale do Pati. Por sua vez, a dissertação de mestrado de Cezar (2011) trata de aspectos geoambientais do Vale como um todo, com uma perspectiva do turismo. Apesar de não ser especificamente sobre a gruta, este trabalho também engloba o contexto geológico e de divulgação científica do sítio. Em termos do interesse turístico, o sítio já vêm sendo utilizado para visitação, representando um dos principais atrativos do Vale do Pati. O Plano de Manejo Espeleológico está em desenvolvimento, para reconhecimento de zonas e feições de risco de degradação e/ou geotécnico. Ressalta-se que este interesse dos visitantes pela gruta pode ser aproveitado para divulgação do conhecimento científico e educação ambiental. Pode-se trabalhar temas como a formação das cavernas, processos geomorfológicos e a importância dos aquíferos cársticos na regulação do abastecimento de água para as bacias hidrográficas. |
Bibliografia |
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CECAV - Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas. Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (CANIE). Gruta do Castelo (015644.00664.29.21906). Disponível em https://www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/centros-de-pesquisa/cecav/cadastro-nacional-de-informacoes-espeleologicas/canie. 2022. CEZAR, R. V. Carta Geoambiental da Região Turística do Vale do Pati - Chapada Diamantina, BA. Dissertação (Mestrado em Geociências e Meio Ambiente). Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Rio Claro (SP), 92p., 2011. SBE - Sociedade Brasileira de Espeleologia. Cadastro Nacional de Cavernas (CNC). Gruta do Castelo (BA-523). Disponível em: https://sbecnc.org.br/Default.aspx. 2022. SOUZA, C. E. F. de. Caracterização Geológica e Topografia Espeleológica da Gruta do Castelo, Vale do Pati, Chapada Diamantina (BA). Trabalho Final de Graduação, IGeo/UFBa. Salvador/BA – Brasil, 2019. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Parque Nacional da Chapada Diamantina (Privado) | UC de Proteção Integral | Parque |
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Proteção Indireta
APP (Área de Proteção Permanente): | Faixas Marginais de Curso D'água, Encosta, Topo de Morro |
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Relatar: | |
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A Gruta do Castelo está situada no Morro do Castelo, local com alta elevação e encostas de alta declividade, por onde flui uma complexa rede de canais de drenagem de escoamento superficial e subterrâneo. De acordo com o Novo Código Florestal (Lei Federal 12.651, de 2012), Art. 4º, são consideradas como Áreas de Preservação Permanente (APP): I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura; V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45º , equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive; IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25º. |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / Federal |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Elevada |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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A Gruta do Castelo figura entre os principais atrativos turísticos do Vale do Pati. Sendo assim, recebe um fluxo de visitantes constante e bastante elevado. Este fator é motivador para ações de divulgação e educação, entretanto também é motivo de preocupação, uma vez que a gruta é um ambiente bastante sensível. No local, existem feições frágeis, tais como os espeleotemas de dimensões raras. Atualmente, existe uma demarcação provisória, feita com blocos de pedra, delimitando a trilha permitida para o fluxo de visitantes, o que é bastante importante, impedindo que turistas desavisados ou mal-intencionados danifiquem estas feições. Isto também reduz o impacto de pisoteamento. Existe ainda, um outro problema geológico, de caráter geotécnico, que ameaça a visitação turística. Em alguns trechos da caverna, notam-se afundamentos no piso, ao longo do percurso demarcado. Estas áreas aparentam ter vazios em subsuperfície, abaixo do piso formado por concreções. Relatos alegam que visitantes saltam e batem os pés nessas áreas, para fazer ressoar o barulho de oco. O risco de colapso é alto, por isso as depressões estão sendo monitoradas e os guias orientados a coibir esta atividade. |
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Existem resumos apresentados sobre o local de interesse em anais de eventos científicos, ou em relatórios inéditos, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável) | 1 |
A4 - Integridade | 15 | O local de interesse não está muito bem preservado, mas os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) ainda estão preservados | 2 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 5 ou mais tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 4 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes | 2 |
A2 - Local-tipo | 20 | Não se aplica. | 0 |
Valor Científico | 255 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
---|---|---|---|
B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração de todos os elementos geológicos | 4 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a menos de 100 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 4 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área com proteção legal, mas sem controle de acesso | 2 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Não se aplica. | 0 |
Risco de Degradação | 270 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
---|---|---|---|---|
C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração de todos os elementos geológicos por atividade antrópica | 1 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas só depois de ultrapassar certas limitações (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 2 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse habitualmente usado em campanhas turísticas locais, mostrando aspectos geológicos | 2 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | Existem obstáculos que tornam difícil a observação de alguns elementos geológicos | 3 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados nas escolas de ensino secundário | 2 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem mais de 5 tipos de elementos da geodiversidade (mineralógicos, paleontológicos, geomorfológicos, etc.) | 4 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 5 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 4 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 225 | |||
Valor Turístico | 235 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Nacional |
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Valor Científico: | 255 |
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Valor Educativo: | 225 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 235 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 270 (Risco Médio) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a médio prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | Não se aplica - |
Justificativa: | O ambiente cavernícola é altamente sensível ao impacto antrópico, inclusive quando se trata da visitação turística, sobretudo quando desregulamentada e sem o devido planejamento. Por mais que a Gruta do Castelo esteja inserida no PARNA Chapada Diamantina (com regulamentação fundiária e condições proteção ao território garantida) e a maior parte dos visitantes adentre a gruta acompanhada de guias turísticos, a visitação intensa pode trazer prejuízos ao sítio. Cálculos rápidos, embasados nas observações feitas em campo, permitem estimar que o número de visitantes alcance a casa das centenas, todos os dias, na gruta. Feições de alta fragilidade, como espeleotemas, bem como zonas de risco geotécnico podem ser empecilhos ao turismo. Mesmo com um percurso demarcado e respeitado, às feições de afundamento do solo pode representar risco à integridade da caverna e ao visitante. Sendo assim, a visitação turística foi considerada, no momento de quantificação, como uma atividade potencial para causar degradação ao sítio. Dessa forma, faz-se necessário um bom plano de manejo espeleológico, com o estabelecimento de estratégias para mitigar esses riscos, tais como o cálculo da capacidade de carga e estabelecimento de um limite diário de visitantes, o zoneamento ambiental e espeleológico, bem como o monitoramento geotécnico. |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Colaboração Raphael Parra & Nuno M. Martinho Vieira |
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Email: | [email protected] |
Profissão: | Geólogos |
Instituição: | UFBA - Universidade Federal da Bahia |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/0298654398865333 |